domingo, 20 de maio de 2012

Cecco Vila Maria/Vila Guilherme Presente no MASP na Luta Antimanicomial

"Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de sete cabeças"
Bicho de Sete Cabeças – Zeca Baleiro

Semana de luta antimanicomial, que terminou sexta-feira (18) Dia Dia Nacional da Luta Antimanicomial, retoma o debate em defesa da humanização no tratamento do sofrimento psíquico, contou com a Caravana do Cecco Vila Maria Vila Guilherme-trote, composta de profissionais e usuarios que se uniram a outras vozes com o apoio de prefeituras e entidades científicas e sociais envolvidas com o tema, Saúde não se vende, loucura não se prende – quem está doente é o sistema social, no vão livre do MASP, na capital paulista. A mobilização reuniu usuários dos serviços de saúde mental e profissionais do setor que defendem a reforma psiquiátrica com o fim dos manicômios. que se concentrarão as13 horas -na Avenida Paulista 1578 –até a Av. Dr. Arnaldo – Secretaria de Estado da Saúde.
"O Sistema Único de Saúde (SUS) e as conquistas da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial estão ameaçadas!"no Brasil de Fato

"Propostas de internação compulsória, como as defendidas pela prefeitura de São Paulo para os usuários de crack, e de fortalecimento das comunidades terapêuticas com forte viés religioso, que poderão vir a receber recursos públicos, preocupam especialistas em saúde mental. “Retrocessos conjunturais como esses mostram que os interesses manicomiais estão recrudescendo”, lamenta o psicólogo Rogério Giannini, presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo" (Sinpsi). 
Para intensificar o debate em torno de medidas para substituir os manicômios por alternativas humanizadas, inclusivas e mais eficientes, a Frente Estadual Antimanicomial,  promoveu a Semana de Luta Antimanicomial, que começou sábado (12) e foi até a sexta-feira (18).
A Lei n. 10216/2001, que estabelece a Reforma Psiquiátrica, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental para uma rede substitutiva aos manicômios, que em vez de tratá-las de maneira humanizada, aprisiona, exclui do convívio social e mata.

Luta antimanicomial na Alesp

Na segunda-feira (21), às 18h, na Assembleia Legislativa de São Paulo, será lançada a Frente Parlamentar de Luta Antimanicomial. O objetivo é articular deputados e movimentos sociais em torno do acompanhamento de projetos de lei relativos às políticas de enfrentamento ao álcool e outras drogas em desacordo com a Lei 10.216/01. A legislação estabelece os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, regulamenta as internações involuntárias (que passa a ser supervisionada pelo Ministério Público) e altera o modelo assistencial, instituindo o processo de desospitalização e a implementação de serviços ambulatoriais, como os CAPS.
O lançamento ocorre logo após a Semana de Luta Antimanicomial, encerrada na última sexta. Em São Paulo, o dia 18 – Dia Nacional de Luta Antimanicomial – foi marcado por um ato no vão livre do Masp. Especialistas e trabalhadores da saúde mental, portadores de sofrimento mental e seus familiares se manifestaram contra as internações compulsórias e principalmente contra a privatização de centros de atendimento.
Informação: abrasmesp@gmail.com; ou  frenteestadualantimanicomialsp@yahoo.com.br
"Defendemos uma sociedade que tenha como valor a liberdade, a igualdade e a justiça social e promova o cuidado das pessoas em sofrimento psíquico em meio aberto – no seu território, na sua comunidade. Isso só se constrói investindo em serviços e políticas públicas inclusivas e comunitárias e que respeitem a autonomia do sujeito, o direito a liberdade e as diferenças regionais e individuais.Queremos uma sociedade onde o direito a humanidade é de todos!" Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo

Para que se cumpra o direito a saúde mental é indispensável que os gestores públicos, em seus programas e planos de governo, contemplem as ações, equipamentos e serviços necessários à prestação de assistência às pessoas com transtornos mentais.
O atendimento a esse grupo – e também aos dependentes de álcool e outras drogas – deve ocorrer na rede do Sistema Único de Saúde, em regime de cooperação e descentralização com as secretarias de saúde dos estados e municípios.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) produziu a cartilha “Direito a Saúde Mental”, destinada aos usuários, a seus familiares e a toda comunidade em geral.
Clique aqui para acessar a cartilha.


 Fonte: Rede Brasil Atual; Observatório de Saúde Mental e Direitos HumanosFrente Estadual Antimanicomial de São Paulo

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